terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

De colo cheio...

... De colo e coração cheio....
Nunca pensei que ser mãe fosse assim, sem palavras, com uma enorme vontade de querer dizer o que é, mas quando se abre a boca ... apenas conseguimos esboçar aquele sorriso.... 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Da minha janela..

Esta noite o Guilherme não esteve nada bem ... constipou-se, mas não tem febre, dormiu mal e eu tal como ele também dormi mal, sempre  com o ouvido à escuta no seu respirar mais ofegante. Foi uma noite complicada, mas com o raiar do dia as coisas estão diferentes, respira melhor e mantém a boa disposição que já nos vem acostumando. Por isso hoje, ao contrário de outros tantos domingos, ficamos em casa, a "adorar o menino". 
O tempo está mesmo a convidar a um dia por casa, debruçados nas tarefas domésticas, no filme de matiné. Lá fora, o mar bate violentamente nas rochas, e a espuma branca espelha a raiva do mar, e nós .... quentinhos, sossegados e aconchegados pela lareira que crepita... estamos felizes. 












domingo, 17 de fevereiro de 2013

O frio ....


Arrrrghhh que frio....

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dia dos Namorados...

Ontem foi dia dos namorados, e apesar de ser um dia "teoricamente" especial, nunca dei muita importância a essas festividades que vieram no outro lado do Atlântico. Aliás reza a lenda que toda a história de S.Valentim aconteceu em Roma por volta do III D.C. Factos histórico à parte e estando o meu bebé doente com uma febre chata que não o largava, ficamos apenas por um jantar caseiro.
Gosto muito de cozinhar, mas não estou à altura de bons blogs que aparecem por toda a rede, nem a minha fotografia é assim tão sensível para que a possa publicar orgulhosamente, fazendo crescer água na boca em qualquer dos comuns mortais. Sou a chamada moça "desenrascada" .... 
Então aqui vai o nosso jantar, receita tirada da revista do "continente", revista essa que compro e leio todos os meses e que raramente faço alguma coisa de lá, mas desta vez foi diferente ... 



Mas houve algo mais que me despertou a atenção neste dia.... este texto ... 


Amor burguês


Havemos de engordar juntos.

Normalmente, toda a gente está demasiado preocupada em colocar a barra que diz "cliente seguinte", estão ansiosos, nervosos, têm medo que aquele que está à frente lhes leve os iogurtes, têm medo de pagar o fiambre daquele que está atrás. Enquanto não marcam essa divisão, não descansam. Depois, não descansam também, inventam outras maneiras de distrair-se. É por isso que poucos chegam a aperceber-se de que a verdadeira imagem do amor acontece na caixa do supermercado, naqueles minutos em que um está a pôr as compras no tapete rolante e, na outra ponta, o outro está a guardá-las nos sacos.

As canções e os poemas ignoram isto. Repetem campos, montanhas, praias, falésias, jardins, love, love, love, mas esse momento específico, na caixa do supermercado, tão justo e tão certo, é ignorado ostensivamente por todos os cantores e poetas românticos do mundo. Bem sei que há a crueza das lâmpadas fluorescentes, há o barulho das caixas registadoras, pim-pim-pim, há o barulho das moedas a caírem nas gavetas de plástico, há a musiquinha e os altifalantes: responsável da secção de produtos sazonais à caixa 12, responsável da secção de produtos sazonais à caixa 12; mas tudo isso, à volta, num plano secundário, só deveria servir para elevar mais ainda a grandeza nuclear desse momento.

É muito fácil confundir o banal com o precioso quando surgem simultâneos e quase sobrepostos. Essa é uma das mil razões que confirma a necessidade da experiência. Viver é muito diferente de ver viver. Ou seja, quando se está ao longe e se vê um casal na caixa do supermercado a dividir tarefas, há a possibilidade de se ser snob, crítico literário; quando se é parte desse casal, essa possibilidade não existe. Pelas mãos passam-nos as compras que escolhemos uma a uma e os instantes futuros que imaginámos durante essa escolha: quando estivermos a jantar, a tomar o pequeno-almoço, quando estivermos a pôr roupa suja na máquina, quando a outra pessoa estiver a lavar os dentes ou quando estivermos a lavar os dentes juntos, reflectidos pelo mesmo espelho, com a boca cheia de pasta de dentes, a comunicar por palavras de sílabas imperfeitas, como se tivéssemos uma deficiência na fala.

Ter alguém que saiba o pin do nosso cartão multibanco é um descanso na alma. Essa tranquilidade faz falta, abranda a velocidade do tempo para o nosso ritmo pessoal. É incompreensível que ninguém a cante.

As canções e os poemas ignoram tanto acerca do amor. Como se explica, por exemplo, que não falem dos serões a ver televisão no sofá? Não há explicação. O amor também é estar no sofá, tapados pela mesma manta, a ver séries más ou filmes maus. Talvez chova lá fora, talvez faça frio, não importa. O sofá é quentinho e fica mesmo à frente de um aparelho onde passam as séries e os filmes mais parvos que já se fizeram. Daqui a pouco começam as televendas, também servem.

Havemos de engordar juntos.

Estas situações de amor tornam-se claras, quase evidentes, depois de serem perdidas. Quando se teve e se perdeu, a falta de amor é atravessar sozinho os corredores do supermercado: um pão, um pacote de leite, uma embalagem de comida para aquecer no micro-ondas. Não é preciso carro ou cesto, não se justifica, carregam-se as compras nos braços. Depois, como não há vontade de voltar para a casa onde ninguém espera, procura-se durante muito tempo qualquer coisa que não se sabe o que é. Pelo caminho, vai-se comprando e chega-se à fila da caixa a equilibrar uma torre de formas aleatórias.

Quando se teve e se perdeu, a falta de amor é estar sozinho no sofá a mudar constantemente de canal, a ver cenas soltas de séries e filmes e, logo a seguir, a mudar de canal por não ter com quem comentá-las. Ou, pior ainda, é andar ao frio, atravessar a chuva, apenas porque se quer fugir daquele sofá.

E os amigos, quando sabem, não se surpreendem. Reagem como se soubessem desde sempre que tudo ia acabar assim. Ofendem a nossa memória.

Nós acreditávamos.

Havemos de engordar juntos, esse era o nosso sonho. Há alguns anos, depois de perder um sonho assim, pensaria que me restava continuar magro. Agora, neste tempo, acredito que me resta engordar sozinho. 



José Luís Peixoto, in revista Visão (Janeiro, 2012)


As coisas simples são sempre as mais importantes.... e frequentemente as mais esquecidas...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O blog...

Neste fim de semana, estávamos nós no habitual serão, conversa, Guilherme no colo, televisão ligada... nisto que o Bruno pergunta porquê que nunca mais escreveste no blog? Sinto que o que escrevo nunca é suficiente bom, que não vou trazer nada de novo às pessoas que o possam ler.... Mas hoje vi uma reportagem na RTP 1, no programa Sinais de Vida, a história de uma moça que vive quase de descontos, toda animada, toda bem disposta. Pois é, esta pequena história fez me sorrir, a rapariga da reportagem não estava interessada no que os outros pensavam ....  apenas queria divertir se, ser feliz, e quem sabe fazer alguém sorrir como ela me fez a mim ....

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espreitem vale a pena ....