Há dois anos atrás estava no
hospital. Tinham-me rebentando as águas às 8.00 da manhã, não tinha dores,
mas fiquei internada por precaução. Fui passar o dia ao hospital. Jantei eram 20.00
e preparava-me para dormir. Não tinha dores, estava bem-disposta. Volta e meia
aparecia uma enfermeira e perguntava “E dores?”, “Nada” dizia eu. Entrou médico,
saiu médico, mudaram os turnos, e eu permaneci ali, deitada à espera. Sabia que
a Madalena ia nascer, não sabia quando, estava calma. A previsão dizia que a
bebé vinha dia 2 de Fevereiro. Apeteceu-lhe nascer mais cedo.
Era meia-noite quando as dores
começaram, a enfermeira parteira foi uma companheira, ainda hoje me recordo
dela, dizia-lhe “Vai ser uma bebé grande”, “Estamos aqui para ela” respondia-me. Senti-me acompanhada, segura.
Foi um parto duro, sem epidural. Nasceu
Madalena com 4,444 Kg e 53 cm. Era grande, muito grande. Depois dela sair
estava tão cansada…
A médica esteve lá, bem-disposta
a animar as tropas mas não houve necessidade de intervir nos procedimentos. No final apenas disse “Esta
sra foi feita para parir. É um monumento a parir!”. Até hoje não percebi que se
foi um elogio ou outra coisa qualquer.
A Madalena nasceu às 5.20 da manhã,
dia 24 de Janeiro de 2015…
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